top of page

     A revista Vozes de Trabalhadores é um instrumento de propaganda política e debate, construído pelo coletivo Tomar os Céus de Assalto, aberto a contribuições que avancem a luta da nossa classe.

 

     Tomar os céus de assalto

 

     Quem somos

 

     Somos uma organização composta por estudantes e trabalhadores que consideram a revolução socialista a única saída para acabar com a exploração e opressão da classe trabalhadora e do restante do povo impostas pela burguesia através do modo de produção capitalista, no qual uma minoria detém a propriedade privada dos meios de produção. Nascemos de processos de rupturas de militantes com outras organizações e de novos militantes que decidiram atuar na luta de classes.

 

 Compreendemos que para derrubar o sistema capitalista devemos partir do acúmulo histórico de teoria e experiências que tem o proletariado. Neste sentido, consideramos a teoria marxista como sendo a mais poderosa ferramenta da classe operária para atingir a sua emancipação, já que esta é a teoria que apresenta a melhor compreensão do mundo em que vivemos - o mundo da sociedade capitalista - e a que nos traz as melhores análises e entendimento das experiências históricas da classe operária, nos instrumentalizando para sua derrubada.

 

     A teoria e o método marxista é nosso horizonte de estudo e prática. Reivindicamos as trajetórias e obras de Marx, de Engels, de Lênin e de Trotsky. Buscamos nos basear em suas teorias, programas e práticas para elaborar nossa política e intervenção na luta de classes.

 

     Entendemos que a classe trabalhadora é a classe capaz de fazer a revolução socialista. A revolução depende, fundamentalmente, dos operários.  Só quem produz toda a riqueza material existente pode apropriar-se dos meios de produção, que hoje pertencem a uma minoria exploradora e assassina, a burguesia. É somente com a classe operária expropriando os meios de produção da burguesia que tornar-se possível a socialização da riqueza material por toda a humanidade –  o operário é o sujeito social da revolução. 

Identificamos o Estado como um órgão de opressão e repressão da classe trabalhadora e do povo em geral, por uma minoria da população, a burguesia. Lutamos pela destruição do Estado, mas sabemos que a sua extinção definitiva somente ocorrerá através de um processo de transição, no qual o Estado vai, gradativamente, perdendo suas funções. Nesta fase, a maioria da população, liderada pela classe operária, necessitará reprimir a minoria para quebrar sua resistência e impor as mudanças necessárias através de sua ditadura, a ditadura da maioria sobre uma minoria reacionária e contra-revolucionárias, a ditadura revolucionária do proletariado. 

 

     Consideramos que é necessário que a Revolução Socialista seja internacional, com a expropriação da burguesia em um grande número de países como única forma de tornar possível a planificação global da produção, com a liberação das forças produtivas em nível mundial a favor do conjunto da humanidade. Desta forma, repudiamos com veemência a teoria reacionária do “socialismo em um só país”, e consideramos indispensável a construção de um partido mundial da Revolução Socialista.

No momento, desconhecemos um grande partido revolucionário internacional testado e capaz de organizar a classe trabalhadora, a fim de conduzir o descontentamento gerado pelo próprio capitalismo ao cumprimento do papel revolucionário dessa classe. A maior parte dos partidos tradicionais da esquerda atual contenta-se com a disputa do Estado burguês, através de seu processo democrático eleitoral.

 

     Não temos a pretensão de nos apresentar como alternativa de organização revolucionária. Somos parte daqueles que colaboram com a construção dessa alternativa. Nosso estágio não nos permite responder a maioria dos acontecimentos importantes na luta de classes. Por isso nos debruçamos ao estudo da teoria marxista. A degeneração das velhas direções do movimento operário e a falta de experiência da nova vanguarda comunista são parte dos problemas que enfrentamos nesse período histórico. Por isso, colocamos a formação como a principal tarefa a ser realizada pelo grupo. Somamos o estudo da teoria com a atividade prática. Por meio de um trabalho de base e com o debate permanente com a classe trabalhadora podemos construir um programa e uma prática revolucionária. Assim, somamos à formação a atuação dos militantes em seus locais de trabalho, de estudo e no movimento como prática para adquirir experiência e colocar a teoria em movimento.

 

     Não admitimos nenhuma espécie de opressão e preconceito. O machismo, o racismo, a homofobia, a xenofobia, etc, devem ser combatidas dentro e fora da organização. Mas também entendemos que elas são geradas pelo sistema capitalista e, portanto, a luta contra as opressões tem que estar vinculada à luta contra o capitalismo, pois somente destruindo-o, vamos acabar com elas.

 

     Estamos abertos para debater com outros grupos, organizações e indivíduos que visam a derrubada revolucionária do capitalismo e compreendemos a necessidade da crítica e autocrítica sincera e honesta, quando necessária, para avançarmos na luta pela revolução socialista.

bottom of page